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‘Setor privado deve ter papel importante nas negociações’, diz ex-cônsul dos EUA em São Paulo

Análise revela como a falta de consulta de Trump à sua equipe impacta as relações comerciais com o Brasil. Especialistas sugerem que o setor privado deve intervir para transformar a disputa política em oportunidades comerciais.

Ricardo Zúñiga, ex-conselheiro político na embaixada dos EUA no Brasil, comenta a atuação do governo Trump na política externa, destacando que ele toma decisões sem consultar assessores.

Desde 20 de janeiro, Trump envia cartas ao Brasil, como a recentement enviada sobre superávit comercial, com informações equivocadas.

Zúñiga sugere que o setor privado brasileiro deve intervir para transformar a disputa política em uma negociação comercial.

Ele aponta que Trump está focado em apoiar o ex-presidente Bolsonaro e não cederá na política, embora os EUA não possam impor tarifas por razões políticas.

Sobre a crise atual, Zúñiga observa que o Brasil está mapeando setores para retaliação, ainda existindo espaço até 1º de agosto para negociação.

  • O governo brasileiro deve mudar a conversa do político para o comercial.
  • Setores sensíveis: patentes, café, suco de laranja, etanol.
  • A mobilização do setor privado é essencial.

Zúñiga alerta que a ameaça de tarifas não causará danos significativos, mas a falta de progresso político pode inviabilizar negociações comerciais. Trump deseja ajudar Bolsonaro, mas sua falta de entendimento da política brasileira pode prejudicar ambos.

Além disso, as relações tradicionais entre os EUA e o Brasil estão comprometidas por razões ideológicas. O governo Lula, segundo ele, não é o responsável por esse impasse, pois as portas estão fechadas pela nova estratégia americana.

Por fim, Zúñiga constata que Trump é o único decisor. A carta enviada não foi revisada pelo USTR, o que demonstra que Trump não está mal assessorado, mas sim desassessorado.

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