Setor público consolidado tem déficit primário de R$ 18,973 bi em fevereiro
O déficit primário do setor público recua em relação ao ano anterior, mas a dívida bruta atinge 76,2% do PIB. Resultados evidenciam desafios fiscais contínuos, com aumento significativo da dívida no conceito do FMI.
Setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, de acordo com o Banco Central (BC).
Em fevereiro do ano anterior, o déficit foi maior, atingindo R$ 48,692 bilhões. Os dados incluem governo central, Estados, municípios e estatais, excluindo Petrobras e bancos públicos.
O resultado de fevereiro foi afetado por um déficit de R$ 28,517 bilhões do governo central, enquanto Estados e municípios registraram um superávit de R$ 22,950 bilhões e estatais, um superávit de R$ 299 milhões.
Em 12 meses, o déficit primário acumulou R$ 15,885 bilhões, correspondendo a 0,13% do PIB, menor que os 0,39% do PIB registrados até janeiro.
O déficit nominal, incluindo despesas com juros, foi de R$ 97,226 bilhões em fevereiro, comparado a R$ 113,858 bilhões no ano passado.
Esse resultado inclui o déficit primário de R$ 18,973 bilhões e custos com juros de R$ 78,253 bilhões. Em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 939,839 bilhões, ou 7,91% do PIB, com a conta de juros a 7,78% do PIB.
A dívida bruta dos governos no Brasil, em fevereiro, somou R$ 9,045 trilhões, equivalente a 76,2% do PIB, um aumento em relação a janeiro (75,7%).
A variação da dívida é explicada por juros nominais de 0,7 p.p. e emissão líquida de dívida (+0,1 p.p.), enquanto a variação do PIB nominal contribuiu para uma redução de 0,4 p.p..
De acordo com o conceito do FMI, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) subiu de 87,1% do PIB em janeiro para 88,7% em fevereiro.