Setores afetados por tarifas pedem diplomacia e calculam prejuízos
A nova tarifa de 50% anunciada por Trump surpreende setores econômicos do Brasil, que pedem negociações diplomáticas para mitigar os impactos. A medida é vista como uma estratégia política e pode inviabilizar diversas exportações brasileiras para os Estados Unidos.
Produto brasileiro terá tarifa de 50% nos EUA
Nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de agosto, surpreendendo setores econômicos do Brasil.
Na carta de anúncio, Trump mencionou Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, atualmente réu no STF por questões relacionadas a um golpe em 2022.
José Augusto de Castro, da AEB, afirmou que a tarifa não é uma medida econômica, mas política. A CNI também expressou preocupação e sugeriu negociação para preservar relações comerciais.
José Ricardo Roriz, da Abiplast, destacou que a taxação inviabiliza exportações, afetando indústrias que usam plástico. Marcos Matos, do Cecafé, acompanha a situação do café, que representa 30% do mercado americano.
A Abiec criticou a tarifa, reforçando que impacta o comércio de carne, onde os EUA são o segundo maior comprador.
A indústria têxtil, na voz de Fernando Pimentel (Abit), teme a inviabilidade do comércio com os EUA, enquanto Haroldo Ferreira (Abicalçados) vê a taxação como um golpe para a recuperação do setor calçadista.
O presidente do Instituto Aço-Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, comentou sobre as tarifas de 50% no aço, alertando para possíveis prejuízos nas negociações futuras.
A FPA e a Frente Parlamentar pelo Livre Comércio alertaram sobre as relações comerciais e políticas entre o Brasil e os EUA, defendendo uma abordagem diplomática.