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‘Setores da indústria brasileira poderão ser varridos do mapa’, diz Spektor, sobre tarifaço de Trump

Impactos das tarifas de Trump podem ser mitigados, mas o Brasil enfrenta riscos com o aumento da concorrência chinesa. O governo terá que equilibrar a proteção de setores estratégicos e a dependência comercial da China.

Tarifas dos EUA e impacto na economia brasileira

A tarifa linear de 10% sobre exportações brasileiras para os EUA poderá minimizar o impacto das novas taxas impostas pelo governo de Donald Trump.

Segundo o professor Matias Spektor, da FGV, a reconfiguração global do comércio será mais danosa que as tarifas em si. Ele alerta que alguns setores industriais brasileiros podem ser prejudicados pela "enxurrada de produtos chineses".

O dilema do governo brasileiro é proteger setores com lobby forte e evitar retaliações da China, um parceiro comercial importante, mas que gera dependência.

Principais pontos da entrevista:

  • Trump aplica tarifas médias muito mais altas do que a história recente.
  • Setores afetados: aço, alumínio, suco de laranja, engenharia, produtos de madeira e cimento.
  • A China está sofrendo mais com as tarifas, resultando em uma enxurrada de produtos chineses pelo mundo.
  • Histórico: fechamento do mercado americano para painéis solares chineses beneficiou o crescimento da energia solar no Brasil.
  • Desafios para a indústria brasileira aumentam com o mercado chinês praticando dumping.
  • Protetores de setores industriais pedirão ajuda ao governo, resultando em um novo protecionismo.
  • A retaliação da China pode impactar severamente o Brasil.

A nova dinâmica comercial gera um drama na política externa brasileira, desafiando como lidar com os efeitos não intencionais das tarifas americanas.

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