Shein e Temu registram queda nas vendas após aumento de preços nos EUA
A queda nas vendas das plataformas Shein e Temu reflete o impacto direto das novas tarifas sobre importações chinesas. Os consumidores americanos reagem ao aumento de preços, enquanto empresas avaliam estratégias para contornar as mudanças no cenário econômico.
Shein e Temu enfrentam queda nas vendas nos EUA após aumentarem preços devido a novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
A Shein viu uma redução de 23% nas vendas entre 25 de abril e 1º de maio. Já a Temu, de propriedade da PDD Holdings, registrou queda de 17% no mesmo período, conforme análise da Bloomberg Second Measure.
A diminuição reflete a reação dos consumidores ao fim da isenção tributária “de minimis”, que permitia o envio de pequenas encomendas chinesas sem impostos.
Trump aumentou tarifas sobre importações chinesas para 145%. A confiança do consumidor caiu para o menor nível em cinco anos em abril, pressionada pelo aumento do custo de vida.
Temu ajustou preços a partir de 25 de abril, repassando novos impostos e dobrando o preço de alguns produtos. Antes das tarifas, as vendas tinham crescido, com consumidores estocando produtos.
O preço médio dos 100 principais produtos de beleza e saúde da Shein mais que dobrou desde 15 de abril. Na categoria de brinquedos, o custo subiu mais de 60%, e produtos para casa e cozinha aumentaram quase 40%.
Não há informações sobre possíveis aumentos de preços de outros grandes varejistas, como Walmart e Target. Fornecedores chineses afirmam que não vão absorver o custo das tarifas.
A Temu planeja migrar para um sistema de “atendimento local”, vendendo produtos de comerciantes locais para evitar tarifas. A Shein enfrenta uma desaceleração em seu plano de oferta pública inicial devido aos impactos das tarifas.
A Amazon não divulgou os custos das tarifas após reclamações de Trump, refletindo o dilema dos varejistas entre repassar os aumentos aos consumidores ou aceitar margens de lucro menores.