Siderúrgicas podem perder até 37 mil empregos com importações de aço e tarifaço
Crescimento das importações de aço impacta produção brasileira e pode levar à perda de milhares de empregos no setor. O Instituto Aço Brasil alerta para a necessidade de equilibrar o mercado e preservar a capacidade produtiva das siderúrgicas.
A indústria do aço no Brasil enfrenta desafios significativos devido ao aumento das importações e tarifas impostas pelos EUA.
O Instituto Aço Brasil prevê uma perda de 37,6 mil empregos se as importações continuarem a crescer. Atualmente, as siderúrgicas operam com apenas 66% da capacidade.
De janeiro a julho deste ano, as importações de aço no Brasil aumentaram 40%, representando 30% do consumo interno. O presidente do Instituto, André Gerdau Johannpeter, ressaltou a preocupação com a sustentabilidade do setor.
As tarifas americanas variam de 25% a 50%, dependendo do produto. Johannpeter alertou que a situação não é sustentável, com potencial impacto negativo em empregos e investimentos.
Enquanto isso, o ferro-gusa tem sido poupado de tarifas pesadas e permanece com uma taxa de 10%. O Brasil é o maior fornecedor desse material para os EUA, com um terço das exportações destinadas ao mercado americano.
Silvia Nascimento, do Grupo Ferroeste, está preocupada com a deterioração das relações comerciais e planeja discutir cláusulas contratuais para tarifas em futuras negociações.