Sidney Oliveira já foi investigado ao menos três vezes por questões tributárias
Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, é acusado de corrupção em esquema com auditores fiscais e já possui um histórico de investigações por sonegação. A operação busca desmantelar fraudes fiscais que beneficiavam sua rede de farmácias em troca de propina.
Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã de terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A operação visava desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda. A investigação revelou que um fiscal manipulava processos administrativos em troca de propina mensal.
Oliveira já foi envolvido em pelo menos três outras investigações por sonegação ou fraude fiscal. Em 1990, foi condenado por receptação de medicamentos roubados e falência fraudulenta, cumprindo pena em liberdade. Ele afirmou que essas acusações eram “coisas passadas”.
Em 2007, surgiram ações de suposta sonegação fiscal contra Oliveira e a Ultrafarma, mas o processo não teve resolução divulgada. Em 2019, a Justiça Federal bloqueou suas contas devido a uma alegada prática contínua de sonegação, com débitos de cerca de R$ 3 milhões em impostos federais.
A Justiça descobriu que as dívidas estavam ligadas a sete empresas associadas a Oliveira, que frequentemente fechavam as portas sem pagar tributos devidos.
O Valor tentou contato com a Ultrafarma, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.