Signal: Entenda como funciona app usado pelo governo Trump para discutir planos de guerra
Revelações sobre o uso do Signal por autoridades americanas e brasileiras levantam preocupações sobre a segurança das comunicações em contextos sensíveis. Aplicativo, conhecido por sua privacidade, foi utilizado em planos de guerra e tramas golpistas.
Signal, aplicativo de mensagens conhecido por suas ferramentas de privacidade, foi utilizado por integrantes do governo Trump para discutir planos de guerra contra rebeldes Houthis no Iêmen, conforme revelação feita por Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista "The Atlantic".
O jornalista foi incluído acidentalmente em um grupo onde figuras de alto escalão trocavam mensagens secretas, descrito como "uma falha extraordinária" de segurança pelo The New York Times.
Criado em 2014, o Signal oferece criptografia de ponta a ponta para textos, chamadas de voz e vídeo, além da opção de autocontrole das mensagens. O app utiliza o Signal Protocol, considerado um dos mais seguros, garantindo que a empresa não possa acessar o conteúdo das conversas.
Recursos adicionais incluem o bloqueio de prints e a ausência de armazenamento de informações dos usuários, preservando o anonimato. O Signal é um app código aberto, promovendo transparência e auditoria independente, sendo mantido por uma fundação sem fins lucrativos.
No Brasil, o Signal foi usado por quatro militares presos por planejarem uma trama golpista após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A Polícia Federal informou que os investigados criaram um grupo secreto chamado "Copa 2022", voltado para arquitetar ataques, como a execução do ministro Alexandre de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os autores da trama utilizaram linhas telefônicas ativas para o Signal, assim como codinomes, referindo-se a nomes de países como Alemanha e Japão, para garantir seu anonimato.