Silêncio nas docas: maior porto dos EUA sente efeito da guerra comercial de Trump
A desaceleração econômica nos EUA é refletida pela queda nas importações no porto de Los Angeles, que registrará até 35% menos carga nesta semana em comparação ao ano anterior. A crescente incerteza causada pelas tarifas comerciais de Trump está levando importadores a suspenderem pedidos de produtos asiáticos.
Porto de Los Angeles enfrenta desaceleração econômica, com diminuição na atividade de descarregamento de contêineres. O som das docas, geralmente movimentadas, ficou raro, segundo o diretor do porto, Gene Seroka.
Esse fenômeno reflete os impactos da guerra comercial entre os EUA e a China sob a administração de Donald Trump.
Os portos de Los Angeles e Long Beach são as principais portas de entrada para produtos asiáticos nos EUA e já sentem as consequências, como:
- Redução de até 35% nas cargas comparado ao ano passado no porto de Los Angeles;
- Expectativa de 30% menos importações no porto de Long Beach;
- Cancelações de viagens de dezenas de navios.
As tarifas impostas por Trump, que podem chegar a 145%, desmotivaram importadores, resultando em diminuição nos pedidos de produtos como móveis e roupas.
Seroka relatou que o custo de produtos fabricados na China aumentou em duas vezes e meia em comparação ao mês anterior. Recentemente, Trump implementou tarifas gerais de 10% que impactam todos os portos americanos, não apenas na Costa Oeste.
No início do ano, as empresas tentaram antecipar as tarifas, mas com a aplicação das mesmas, é esperado que reduzam as compras e esvaziem os seus estoques.