Sindicais criticam ministro de Lula por suspensão em conselho
Centrais sindicais criticam suspensão de conselheiros do CNPS como ataque à democracia. Ministro da Previdência defende medida como forma de garantir defesa dos investigados.
Presidentes de 6 centrais sindicais criticam a decisão do ministro Wolney Queiroz de suspender conselheiros indicados por entidades de trabalhadores e aposentados no CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social).
Na nota, os sindicalistas chamam a ação de “autoritária, antidemocrática e ilegítima”.
O CNPS é responsável por definir políticas de previdência e análise de sua administração.
O ministério alegou que os afastados eram representes de entidades investigadas pela Polícia Federal por fraudes no INSS. O ministério pediu novas indicações de conselheiros.
As centrais afirmam que não recebendo justificativa formal para o afastamento, consideram a decisão um desprezo pelas representações da classe trabalhadora.
A nota ressalta que “é inadmissível que, sob o pretexto de investigação de fraudes, se criminalize todo o movimento sindical”.
Demandas das centrais:
- Revisão da decisão pelo ministro Queiroz.
- A manutenção da pluralidade social no CNPS.
Queiroz defendeu a suspensão, afirmando que ela não é um pré-julgamento e serve para que os conselheiros possam se defender.
Além do afastamento, o ministro ampliou a participação de órgãos do governo e substituiu representantes do Ministério da Previdência por conselheiros indicados por outras pastas.