Sindicato diz que há colapso financeiro e operacional nos Correios
Sindicato denuncia colapso financeiro nos Correios, com atrasos em pagamentos e serviços prejudicados. Medidas de contenção de custos incluem fechamento de agências e impactos nos planos de saúde dos funcionários.
Problemas financeiros dos Correios geram crise na operação, conforme denúncia do Sintect-SP.
Entre os principais problemas estão:
- Atraso no aluguel de agências;
- Falta de pagamento a terceirizados;
- Dificuldades no atendimento do plano de saúde dos funcionários.
Douglas Melo, diretor do sindicato, afirma que há um "colapso financeiro e operacional". Aponta que motoristas terceirizados paralisaram atividades devido à inadimplência nas transportadoras, afetando regiões como a zona sul de São Paulo e o complexo Benfica no Rio de Janeiro.
Os Correios se defendem, afirmando que os serviços de transporte estão "dentro da normalidade", com esforços para resolver pendências.
Desde 30 de maio, a estatal também passou a atender aposentados e pensionistas do INSS, uma tarefa adicional em meio a serviços já saturados. Mais de 300 mil beneficiários já foram atendidos.
Com um prejuízo de R$ 2,59 bilhões em 2022, os Correios mantém um plano de redução de despesas de R$ 1,5 bilhão até 2025, incluindo um Programa de Desligamento Voluntário.
O sindicato, no entanto, pede a contratação de 3.500 concursados de 2024 para aliviar a carga de trabalho. O PDV 2024 resultou em 1.176 desligamentos até o momento.
A Findect, que representa os trabalhadores, protocolou uma pauta de reivindicações e criticou planos de fechamento de agências para redução de custos. Dois locais, Campo Limpo e Ferraz de Vasconcelos, enfrentam questões judiciais por falta de pagamento de aluguel.
De 2023 a 2025, 120 agências foram fechadas, conforme estratégia de otimização dos Correios.
Funcionários também relatam problemas com o plano de saúde, alegando que atendimentos estão suspensos. Os Correios negam falhas, afirmando seguir normas da ANS para manter o atendimento.