Sindicato dos servidores do IBGE repudia mapa-múndi invertido com Brasil no centro lançado pelo instituto: 'em vez de informar, distorce'
IBGE enfrenta crise interna após lançamento de mapa-múndi com Brasil no centro. Sindicato dos servidores critica a distorção da realidade representada e questiona a credibilidade do instituto.
Sindicato do IBGE repudia novo mapa-múndi
O sindicato dos servidores do IBGE publicou um manifesto em que critica o novo mapa-múndi com o Brasil no centro, lançado em 8 de novembro.
O comunicado destaca que a iniciativa "em vez de informar, distorce" e compromete a credibilidade do IBGE, reconhecido globalmente por seu trabalho sério e imparcial.
Segundo a Coordenação do Núcleo Sindical Chile - ASSIBGE/SN, o mapa não possui respaldo técnico das convenções cartográficas internacionais e ignora problemas sociais graves, como a desigualdade e a informalidade.
"Colocar o Brasil no centro do mapa não resolve nada", afirmam os servidores.
Lançamento polêmico
No evento, o IBGE informou que o mapa destaca países do Brics, Mercosul e nações de língua portuguesa.
O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, ressaltou a posição de liderança do Brasil nos fóruns internacionais. Pochmann enfrenta uma crise interna no IBGE, com mais de 600 servidores denunciando seu autoritarismo em carta aberta em janeiro.
Técnicos temem a perda de credibilidade do órgão. Pochmann, por sua vez, afirmou que os críticos estariam mentindo, ampliando a tensão interna.
Além disso, Lula defende a indicação de Pochmann para o cargo.