Sistema elétrico precisa de potência 'despachável', caso de usinas térmicas, defende Eneva
Eneva aguarda agilidade no leilão de reserva de capacidade para garantir segurança energética. Executivos destacam a necessidade de usinas térmicas para atender à demanda crescente prevista para os próximos anos.
Eneva espera realizar o leilão de reserva de capacidade rapidamente, segundo o diretor de comercialização, marketing e novos negócios, Marcelo Lopes, em teleconferência nesta quinta-feira (15).
O leilão, voltado para a segurança energética, foi cancelado pelo governo em junho para ajustes em regras após judicialização.
Lopes destacou que o sistema elétrico precisa de potência “despachável”, como usinas térmicas que podem ser acionadas rapidamente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A construção de novas térmicas é considerada um prazo “desafiador”, geralmente em torno de três anos.
O presidente da Eneva, Lino Cançado, acredita na adição rápida de potência ao sistema, com o leilão ainda este ano, diante de previsões de “gaps” de geração a partir de 2026, conforme o Ministério de Minas e Energia (MME).
“Acreditamos em uma solução estrutural, e a companhia está preparada para capturar as oportunidades que surjam [no leilão]”, afirmou Cançado.
Lopes também mencionou que a Eneva possui projetos que venceram o leilão de reserva de capacidade de 2021, com contratos antecipados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Essa decisão “vai contribuir com o resultado da companhia no segundo semestre”, concluiu Lopes.