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Skaf critica “gestos” de Lula e culpa governo por tarifaço de Trump ao Brasil

Presidente eleito da Fiesp critica ações do governo Lula que resultaram na tarifa de 50% imposta pelos EUA. Paulo Skaf defende um esforço diplomático para reverter a situação e salvar as exportações brasileiras.

Paulo Skaf, presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), atribui à administração Lula a responsabilidade pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A alíquota começa a valer nesta quarta-feira, dia 6.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Skaf afirmou que o governo brasileiro tomou decisões inconvenientes, como a reunião dos Brics e o discurso de Lula sobre desdolarização, que irritaram os EUA, principal parceiro comercial do Brasil.

Skaf destacou: “Essas ações provocam o nosso principal cliente. Não é uma boa política.” Ele pede cautela e um esforço diplomático para reverter a tarifa americana.

Ele está cético sobre o plano de socorro do governo brasileiro, afirmando que o melhor recurso é adotar gestos que motivem os EUA a recuar. Skaf espera que Lula tenha sucesso nas negociações com Donald Trump.

Os setores afetados pela tarifa, em sua maioria de pequenas e médias empresas, podem enfrentar graves consequências. Estima-se que as exportações para os EUA possam cair de US$ 40 bilhões para US$ 30 bilhões anuais, resultando na perda de cerca de 100 mil empregos e uma redução de 0,5% do PIB brasileiro.

Embora sua posse só ocorra em janeiro de 2026, Skaf já se disponibilizou para ajudar nas negociações com os EUA e anunciou a criação de um “Conselho Global” na Fiesp, focado na diplomacia empresarial, presidido pelo ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo.

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