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Sob Bolsonaro e Lula, diesel da Rússia vira negócio bilionário e coloca o Brasil na mira de Trump

Medidas tomadas pelos Estados Unidos visam pressionar países que mantém laços comerciais com a Rússia, enquanto o Brasil, que se tornou um dos maiores importadores de diesel russo, teme consequências econômicas severas. Com a imposição de tarifas sobre a Índia, especialistas alertam que o país pode ser o próximo alvo das sanções americanas.

Trump impõe taxa de 50% à Índia por comprar petróleo da Rússia.

Empresas brasileiras com faturamento bilionário importaram US$ 13 bilhões em óleo diesel da Rússia desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A Rússia representa 60% do diesel importado pelo Brasil.

O governo e empresários temem novas tarifas dos EUA devido à ligação do Brasil com o petróleo russo. A preocupação aumentou após os EUA intensificarem as sanções contra países que compram combustíveis russos, sob a justificativa de que isso financia a guerra de Putin.

No dia 6 de agosto, a Casa Branca anunciou tarifas de 50% sobre produtos indianos. O temor é que isso também afete as importações brasileiras, resultando em aumento dos preços dos combustíveis e pressão inflacionária no país.

O Brasil nunca aderiu às sanções dos EUA e da UE contra combustíveis russos. Com o governo Bolsonaro, a importação de diesel russo começou, e com Lula, esse fluxo se intensificou, com importações subindo de US$ 95 milhões para US$ 4,5 bilhões.

A Vibra é a principal importadora de diesel russo, seguida por outras grandes empresas. As importações rusas cresceram substancialmente, representando 58,9% do diesel brasileiro em 2023.

A possibilidade de novas tarifas ao Brasil foi reforçada pelo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. Especialistas acreditam que o Brasil pode ser alvo devido à sua relação com o petróleo russo, especialmente com projetos de lei nos EUA que podem prever tarifas de até 500%.

Um diplomata brasileiro expressou preocupações sobre a dependência de diesel russo e o potencial impacto econômico de uma proibição das importações. O setor empresarial se mostra preocupado com as consequências para os preços e a disponibilidade de combustíveis no Brasil.

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