Sob Bolsonaro e Lula, diesel da Rússia vira negócio bilionário e coloca o Brasil na mira de Trump
Brasil importa US$ 13 bilhões em diesel russo desde início da guerra na Ucrânia, preocupando governo e setor energético. Com a Rússia sendo responsável por 60% das importações de diesel, há temor de sanções dos EUA e impactos no mercado interno.
Empresas brasileiras com faturamento bilionário e ações em bolsas internacionais importaram US$ 13 bilhões em óleo diesel da Rússia desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A Rússia responde por 60% do diesel importado pelo Brasil, gerando preocupações sobre possíveis tarifas americanas.
Após os EUA implementarem tarifas de 50% sobre produtos indianos, o temor de sanções contra o Brasil aumentou. O governo brasileiro nunca aderiu às sanções ocidentais sobre os combustíveis russos, que cresceram significativamente desde a guerra, passando de 0,2% das importações brasileiras em 2021 para 58,9% em 2023.
Durante a gestão Bolsonaro, houve um incentivo ao comércio com a Rússia, que foi considerada um parceiro importante devido à sua oferta de fertilizantes. A proximidade de Lula com Putin também levantou críticas, principalmente após visita em maio de 2023.
As grandes importadoras de diesel russo incluem a Vibra Energia e a Refit, que em conjunto importaram 58% do diesel russo. Apesar de não estar sob sanções, essa importação gera risco às empresas, especialmente aquelas listadas nas bolsas internacionais.
A possibilidade de novas tarifas sobre o Brasil é considerada alta, já que países sem acordos comerciais muito próximos aos EUA estão em risco, segundo especialistas. O governo brasileiro está preocupado com um projeto no Congresso dos EUA que propõe tarifas de até 500% para países que compram combustíveis russo.
Empresários do setor alertam que, se as sanções ocorrerem, o Brasil poderá enfrentar uma ruptura temporária no abastecimento, aumentando os preços dos combustíveis e impactando a economia nacional.