Sob Lula, Brasil importa menos dos EUA e mais da Rússia
Brasil reduz importações dos EUA em 20,8% enquanto aumenta compras da Rússia e China. A mudança reflete condições de mercado e repercussões da guerra na Ucrânia.
Brasil reduz importações dos Estados Unidos durante o 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2022, as compras brasileiras alcançaram US$ 51,3 bilhões, caindo para US$ 40,7 bilhões em 2024, uma queda de 20,8%.
Por outro lado, houve aumento nas compras da Rússia (39,6%) e China (4,8%). Esta mudança pode ser usada como argumento para o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump.
Embora os Estados Unidos ainda representem uma maior fatia em valor absoluto, a pesquisa do Poder360, com dados do Mdic, revelou que as maiores quedas ocorreram com a Austrália (-47,5%) e Canadá (-46,1%).
Em contrapartida, as exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram, de US$ 37,4 bilhões em 2022 para US$ 40,4 bilhões em 2024, uma alta de 7,8%.
Especialistas apontam que essa mudança é influenciada pela guerra da Ucrânia. A Rússia tornou-se o principal vendedor de diesel ao Brasil, especialmente após sanções contra o diesel russo. Segundo Adriano Pires, do CBIE, a importação de diesel russo representa mais de 60% do consumo brasileiro.
A diretora de downstream do IBP, Ana Mandelli, destacou que essa tendência já ocorria antes do governo Lula, impulsionada por fatores de oferta e demanda.