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Sob pressão militar, Irã aceita negociação indireta com Trump

Irã sinaliza disposição para negociações nucleares com os EUA através de um mediador, sob pressão militar norte-americana crescente. Assessor de Khamenei menciona que o país ainda considera opções e condições antes de tomar decisões definitivas.

Irã está aberto a negociações nucleares com os EUA sob intensa pressão militar de Washington.

O governo iraniano declarou que está disposto a negociar indiretamente com os Estados Unidos, envolvendo um terceiro país. A afirmação vem de Kamala Kharrazi, assessor de Ali Khamenei.

A postura anterior de Khamenei era de rejeição à pressão para um novo acordo que impedisse o desenvolvimento de armas nucleares. Entretanto, a escalada militar de Donald Trump trouxe novas tensões.

Trump enviou entre cinco a sete bombardeiros B-2 para a base de Diego Garcia, além de outros aviões de apoio. Um novo grupo de porta-aviões está a caminho do Oriente Médio, onde já opera o USS Harry Truman.

Essas movimentações visam frear o potencial nuclear do Irã, que é visto como uma ameaça para Israel, que possui cerca de 90 ogivas atômicas.

O Irã possui tecnologia e material suficiente para desenvolver armas nucleares rapidamente, elevando a ameaça no cenário geopolítico.

Após a retirada dos EUA do acordo nuclear em 2018, o Irã não cumpriu suas obrigações e está perto de construir uma bomba, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica.

Agora, olhos se voltam para a Rússia, que se viu como um potencial mediador nas negociações. O Kremlin já manifestou interesse em intermediar, e o Irã assinou um tratado estratégico com a Rússia, aumentando preocupações sobre armamentos.

A nova configuração geopolítica sob Trump pode permitir que Putin atue como freio na crise, ao invés de um acelerador.

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