Sob pressão, Netanyahu decide permitir entrada limitada de ajuda humanitária em Gaza
Netanyahu anuncia liberação parcial de ajuda humanitária a Gaza em resposta à pressão internacional. A medida ocorre em meio a crescente preocupação com a situação de fome e a escalada de conflitos na região.
Primeiro-Ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (19) a liberação parcial do bloqueio de ajuda humanitária a Gaza, implementado desde março, devido à pressão internacional e relatos de fome na região.
Caminhões de ajuda estão agora a caminho de Gaza, com a entrada de alimentos como farinha, óleo e leguminosas. Estima-se que 50 caminhões cheguem nesta segunda-feira, conforme fontes palestinas.
O bloqueio, que começou em 2 de março, teve forte repercussão global, com até o presidente dos EUA, Donald Trump, alertando sobre mortes por fome na região. Netanyahu mencionou a preocupação de senadores americanos sobre a vaga de suporte a Israel com as imagens de fome.
Apesar de liberar a ajuda, Netanyahu ressaltou a necessidade de controlar Gaza, prometendo uma “vitória completa” e a libertação dos 58 reféns do Hamas, além da eliminação do grupo terrorista.
Enquanto isso, a Operação Carruagens de Gideão começou a três dias e visa eliminar as capacidades do Hamas, com alertas para moradores em Khan Yunis se retirarem. A ofensiva resultou em pelo menos 52 mortes de palestinos em ataques aéreos, com mais de 500 mortos em oito dias.
A guerra, que começou em 7 de outubro de 2023, causou a morte de mais de 53 mil pessoas, principalmente civis, e o deslocamento quase total da população em Gaza. O conflito foi desencadeado por ataques do Hamas que resultaram em cerca de 1.200 mortes em Israel e o sequestro de 251 reféns.