Sobretaxa dos EUA afeta ações de exportadoras brasileiras; Embraer cai quase 4%
Impacto das novas sobretaxas dos EUA provoca queda significativa nas ações de empresas brasileiras como Embraer e WEG. O setor agroindustrial e de celulose também sente os efeitos, com previsões de perdas nas receitas.
Novas sobretaxas nos EUA abalam o mercado brasileiro
Na quarta-feira (9), o presidente Donald Trump anunciou sobretaxas de 50% sobre produtos nacionais, impactando severamente as ações de empresas brasileiras com vínculos comerciais com os EUA.
O dólar atingiu R$ 5,621, e as ações da Embraer despencaram mais de 8%, finalizando com queda de 3,7% a R$ 75,32. Os EUA representam 60% das vendas da fabricante, o que pode acarretar perdas absolutas de US$ 390 milhões, ou R$ 2,1 bilhões.
A primeira fase das tarifas, em abril, já havia gerado uma pressão de 1% nas margens da empresa. A Embraer está analisando o impacto e irá abordar o tema em sua conferência de resultados no dia 5 de agosto.
Outras empresas afetadas:
- WEG: queda de 0,52%. Os EUA representam 20% a 25% das vendas.
- Minerva: queda de 1,28%. 15% das receitas são de exportações para os EUA.
- Suzano: queda de 0,3%. 19% das vendas líquidas vêm dos EUA.
A XP e o Citi apresentam análises otimistas sobre possíveis mitigações dos danos. A Minerva estima uma perda de até 5% na receita líquida devido ao tarifaço.
A situação exigirá um esforço comercial significativo, e a Suzano, que mantém contratos de longo prazo, pode enfrentar dificuldades em redirecionar suas vendas.
As repercussões dessas medidas podem prejudicar a competitividade das empresas brasileiras, enquanto outras nações, como Coreia do Sul, México e Índia, podem ganhar espaço no mercado. As empresas seguem avaliando o impacto completo das novas tarifas.