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Sobrinho de Kassab é sócio de Suarez em usina que pode ser beneficiada pelo Congresso

Jabutis de energia no Congresso podem destravar usina a gás em Brasília, beneficiando empresários próximos ao governo. Projeto controverso depende de mudanças em legislação que estabelece preço máximo para contratação, impactando o custo da energia no Brasil.

Jabutis de energia no Congresso podem facilitar a construção de uma usina a gás na região de Brasília, com empresários Carlos Suarez e Pedro Grünauer Kassab como sócios.

O projeto aguarda votação sobre trecho vetado pelo presidente Lula na lei das eólicas offshore, que estabelece um preço máximo para contratações de usinas a gás. Retomando o dispositivo, o preço da energia pode aumentar, liberando usinas em áreas específicas.

A análise do Ministério de Minas e Energia indica que o projeto é viável no Distrito Federal e Goiás, onde Suarez está vinculado a distribuidoras monopolistas de gás.

A Usina Termoelétrica Brasília, com capacidade de 1.470 MW, possui participação de Termo Norte e Diamante, esta última ligada à família de Grünauer Kassab. A Termo Norte confirmou que a viabilidade do projeto depende das modificações na lei das eólicas offshore.

O Ministério, sob direção de Alexandre Silveira, recomendou o veto ao trecho, afirmando que contraria o interesse público.

A Diamante participou de discussões técnicas sobre o licenciamento ambiental no Ibama e está planejando a usina em Samambaia, a 33 km da Esplanada dos Ministérios, conectada a gasodutos operados por empresas associadas a Suarez.

Além da construção de 8.000 MW de usinas, a manutenção do preço-teto pode elevar em R$ 50 bilhões os custos de geração de energia até 2036 e aumentar em 84% os gases de efeito estufa até 2034.

A Abrace criticou a contratação de usinas a gás, considerando-a um ônus elevado para os consumidores e uma abordagem ineficiente em planejamento energético.

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