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Sóstenes diz que só líderes de esquerda resistirão à urgência da anistia

Sóstenes Cavalcante acredita que a adesão de deputados do centro ao requerimento de urgência para a anistia facilitará a votação na Câmara. A reunião do Colégio de Líderes, marcada para o dia 24 de abril, será crucial para definir os próximos passos desse projeto polêmico.

Quarta-feira, 16 de abril de 2025: O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que apenas líderes de esquerda devem resistir ao requerimento de urgência para o projeto de anistia aos condenados do 8 de Janeiro.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), definiu que a pauta será decidida pelo Colégio de Líderes. A reunião do colégio está marcada para 24 de abril, mas Sóstenes pretende dialogar com Motta antes, após o retorno dele em 22 de abril.

Com 146 deputados de partidos centristas assinando, a expectativa é de que os líderes dessas siglas não consigam barrar o requerimento, facilitando a votação na semana seguinte.

Sóstenes protocolou o requerimento após a deputada Helena Lima (MDB-RR) retirar sua assinatura, temendo pressão do governo. O requerimento foi apresentado na segunda-feira, 14 de abril, com 262 assinaturas válidas (duas foram invalidadas por erro procedural).

A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que o governo não tomou medidas de retaliação contra deputados da base que apoiam o projeto.

Caso aprovado, o projeto pode ser votado imediatamente no plenário, sem precisar passar por comissões. Motta declarou que a democracia depende da discussão com o Colégio de Líderes e ressaltou a responsabilidade das decisões.

Sóstenes respondeu, reiterando que a votação deve refletir a maioria dos deputados, não apenas a decisão do presidente da Câmara.

A fala de Motta foi interpretada como um recado à oposição e um sinal de que o governo terá que trabalhar para barrar o projeto. Sóstenes dissse que essa interpretação serve também como aviso ao governo.

Ele afirmou estar otimista com a adesão de deputados arrependidos por não terem assinado, como Robinson Faria (PL-RN), que tentou incluir sua assinatura, mas provavelmente não poderá mais fazê-lo.

Os únicos deputados do PL a não assinar foram Faria e Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), que defendeu a punição aos que depredaram o patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, o que contraria o projeto de anistia.

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