HOME FEEDBACK

Spreads de crédito voltam a cair após 3 meses de alta

Febreiro registra queda nos prêmios de risco e aumento na captação de títulos de crédito. Fundos de infraestrutura se recuperam, enquanto negociações do mercado secundário alcançam seu maior nível em seis meses.

Relatório do ABC Brasil revela mudanças no mercado de títulos corporativos.

Após três meses de alta nos prêmios de risco, fevereiro apresentou uma nova queda.

O autor do estudo, Roberto Dumke, destaca um aumento na busca por papéis de alta qualidade de crédito.

A média dos spreads das debêntures incentivadas caiu para apenas 1 ponto-base, equivalente a cerca de IPCA mais 7,90% ao ano.

Os fundos de crédito privado registraram captação líquida positiva de R$ 2,1 bilhões, embora abaixo do recorde de R$ 51,6 bilhões de agosto de 2024.

Os fundos de infraestrutura, que tiveram captação negativa em janeiro, voltaram ao crescimento com depósitos superando resgates em R$ 2 bilhões.

No mês passado, as emissões de títulos de crédito totalizaram R$ 45,5 bilhões, um leve aumento em comparação aos R$ 41,4 bilhões de janeiro.

Contudo, o percentual distribuído caiu de 46% em janeiro para 39%.

As negociações no mercado secundário cresceram de R$ 64 bilhões para R$ 66,9 bilhões, atingindo o maior nível em seis meses.

Papéis como Vale e Sabesp destacaram-se, com volume negociado de R$ 1,3 bilhão cada.

Nos papéis corrigidos pelo CDI, a média dos spreads caiu de 274 pontos-base para 253.

No mercado de IPCA, os spreads caíram para 1 ponto-base, o menor nível desde 2022.

Dumke aponta que, com as NTN-Bs em níveis altos, há uma demanda crescente por papéis incentivados mesmo sem spread.

Leia mais em valoreconomico