Stablecoins de real movimentaram R$ 5 bilhões em 2024, diz estudo
Estudo indica que stablecoins de real estão em crescimento, movimentando R$ 5 bilhões em 2022, mas ainda enfrentam desafios para se tornarem uma reserva de valor. Com foco em pagamentos internacionais, essas moedas digitais já começam a ser integradas em transações B2B.
Estudo da Iporanga Ventures revela que as stablecoins de real movimentaram R$ 5 bilhões em 2022.
Embora ainda estejam longe do sucesso das stablecoins de dólar, essas moedas digitais estão se expandindo para a infraestrutura de pagamentos digitais, especialmente no B2B.
As stablecoins são criptomoedas com valor atrelado a divisas tradicionais na proporção de 1:1, garantindo paridade com a moeda fiduciária por meio de reservas em tesouraria.
Em junho de 2023, o estoque de stablecoins de real chegou a R$ 70 milhões, com crescimento de 70% em 12 meses; 96% do volume está em três emissoras.
Apesar do crescimento, stablecoins em real representam menos de 1% do comércio exterior e das remessas.
O relatório aponta que o modelo de negócio das stablecoins de dólar enfrenta obstáculos no Brasil, devido à maior demanda por dólares como reserva de valor.
Renato Valente, da Iporanga, menciona que o real é visto mais para remessas do que como reserva de valor. A utilização de stablecoins facilita operações para criadores que recebem do exterior.
Rodrigo Trindade, analista da Iporanga, destaca que stablecoins de real são transacionais e podem fazer sentido para investimento, mas dependem da estrutura.
Stablecoins estão sendo utilizadas para pagamentos internacionais a fornecedores e funcionários no exterior. O consórcio BRL1 busca fornecer soluções de pagamento entre empresas.
A tokenização de ativos aparece como uma oportunidade para aumentar a adoção de stablecoins de real, podendo reduzir a custódia de ativos e permitir liquidações mais fluidas.
A Iporanga afirma que o mercado de stablecoins de real terá uma dinâmica de “o vencedor leva a maior parte”, onde a fragmentação de liquidez pode ser um desafio.
Trindade acrescenta que, apesar de possíveis usos nichados, haverá um canal central para a liquidez.