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Stablecoins movimentam mais de R$ 230 bi em 2024 no Brasil, mas exigem cuidados

O aumento na popularidade das stablecoins, que movimentaram R$ 240 bilhões no Brasil em 2024, destaca a necessidade de regulamentação mais rigorosa no país. Especialistas alertam para os riscos envolvidos na falta de transparência e confiabilidade desses ativos, especialmente após alertas de instituições financeiras globais.

Senado dos EUA aprovou regulamentação sobre stablecoins em junho, um marco para o setor. No Brasil, essas criptomoedas já movimentam mais de R$ 240 bilhões em 2024, apesar da falta de regulamentação específica.

A USDT, da Tether, tem 4,69% da capitalização do mercado de criptomoedas. O Bitcoin e a Ethereum dominam com 64,55% e 9,22%, respectivamente.

Dados da Receita Federal mostram que três das cinco principais criptomoedas são stablecoins, totalizando R$ 233 bilhões em 2024. Valores podem ser ainda maiores, pois pessoas com menos de R$ 5.000 em criptos não precisam informá-las.

A popularidade das stablecoins se deve à menor flutuação de mercado, oferecendo maior segurança. Sarah Uska, analista do Bitybank, explica que isso proporciona previsibilidade para investidores.

Fabrício Tota, do Mercado Bitcoin, afirma que as stablecoins ajudam a conectar o universo cripto ao sistema financeiro tradicional, permitindo pagamentos internacionais sem custos de intermediários.

No entanto, especialistas alertam sobre riscos, já que a regulamentação no Brasil ainda é incipiente. Erik Oioli, advogado, ressalta a importância da transparência e confiança nas emissoras dessas criptomoedas, citando o caso da Luna como um exemplo de desancoragem perigosa.

O BIS trouxe advertências sobre a transparência e a soberania monetária das stablecoins, destacando a preocupação com a qualidade do lastro. No Brasil, há um Marco Legal dos Criptoativos e consultas públicas do Banco Central para aumentar a segurança do mercado.

O setor aguarda novas regras e, até lá, investidores precisam avaliar cuidadosamente seus investimentos em stablecoins, conduzindo suas próprias investigações para evitar fraudes.

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