Stanley Fischer, ex-presidente do Banco de Israel e grande estudioso da macroeconomia, morre aos 81 anos
Stanley Fischer, um dos economistas mais influentes da sua geração, faleceu aos 81 anos, deixando um legado impressionante em políticas monetárias globalmente. Seu trabalho como vice-presidente do Federal Reserve e presidente do Banco de Israel moldou decisões econômicas cruciais em momentos de crise.
Stanley Fischer, renomado professor e praticante de macroeconomia, faleceu aos 81 anos, segundo comunicado do Banco de Israel.
Fischer, conhecido como Stan, foi vice-presidente do Federal Reserve de 2014 a 2017 e presidente do Banco de Israel por oito anos. Possuía vasta experiência em instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Entre seus alunos estavam figuras proeminentes como Ben Bernanke, Mario Draghi, e Lawrence Summers. Seu livro 'Macroeconomics' é considerado um clássico, influenciando gerações de economistas.
Fischer contribuiu significativamente para a estabilização econômica durante crises, incluindo um programa em Israel em 1985 que ajudou o país a superar uma grave crise. Atuou no FMI, resolvendo crises em países como Brasil e Rússia, onde foi um agente chave até 2001.
Ele se tornou cidadão israelense e, sob sua liderança, o Banco de Israel teve um papel proativo na resposta à crise de 2008, sendo o primeiro a cortar taxas de juros. Fischer também reformulou a estrutura de decisão sobre taxas de juros, promovendo uma abordagem mais colegiada.
Nascido em 1943 na Zâmbia, Fischer se destacou academicamente desde cedo, graduando-se na London School of Economics e obtendo seu doutorado no MIT. Seu legado inclui não apenas contribuições acadêmicas, mas também impacto direto nas políticas econômicas globais.
A sua trajetória evidencia que, embora jamais tenha ocupado a presidência do Fed ou do FMI, sua influência moldou o sistema financeiro como poucos. Lawrence Summers resumiu: “Centenas de milhões de pessoas viveram melhor por causa de seus esforços.”