STF começa a julgar núcleo de desinformação por tentativa de golpe
STF analisa a inclusão de mais sete acusados no caso do suposto golpe de Estado de 2022. Denúncia da PGR envolve militares, policiais e civis em um esquema de desinformação e tentativas de desestabilização do processo eleitoral.
STF inicia julgamento nesta 3ª feira (6.mai.2025) sobre se adiciona 7 réus ao caso de tentativa de golpe de Estado em 2022.
A PGR denuncia um núcleo de desinformação composto por militares, policiais federais e um civil. Eles teriam propagado informações falsas e atacado instituições que ameaçavam seus interesses.
Em março e abril, a Corte já processou 14 indivíduos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros.
O julgamento será realizado pela 1ª Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes e outros ministros. A decisão sobre os novos réus será feita até 4ª feira (7.mai).
Os acusados enfrentam crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado democrático. A Corte investigará os papéis de cada réu na tentativa de golpe, incluindo uso irregular da Abin para monitorar autoridades e conduzir ataques virtuais.
Resumo do papel de alguns investigados:
- Major da reserva do Exército: Atacou generais contrários ao golpe e alegou que comentários eram "desabafos".
- Major Denicoli: Buscou fraudes nas urnas, relacionando-se com influenciador que divulgou informações falsas.
- Carlos Rocha: Presidente do IVL, elaborou relatório de fraudes não comprovadas, que serviu à campanha de Bolsonaro.
- Subtenente Rodrigues: Usou a Abin para levantar dados sobre autoridades para ataques virtuais.
- Tenente-coronel Almeida: Propagou informações falsas sobre o Judiciário, buscando perpetuar desconfiança popular.
- Coronel Abreu: Envolvido em tentativas de manipular relatório de fraude eleitoral e incitar insatisfação popular.
A fase de instrução criminal incluirá oitiva de testemunhas e apresentação das defesas.