STF concentra julgamento de Bolsonaro para evitar risco de adiamento para 2026
Julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus está marcado para iniciar em 2 de setembro. O STF pretende concluir a análise das ações penais relacionadas ao golpe até 12 de setembro, evitando interferências nas eleições de 2026.
Supremo Tribunal Federal (STF) define rito célere para o julgamento do “núcleo crucial” do golpe, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.
Julgamento inicia: 2 de setembro, com previsão de término até 12 de setembro. Sessions extraordinárias ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12.
Motivo das datas: Evitar que o julgamento se prolongue até o ano eleitoral de 2026.
Ministro Cristiano Zanin agendou as datas após liberação do processo por Alexandre de Moraes. Interlocutores avaliavam a possibilidade de Luiz Fux pedir vista, mas ele negou tal intenção.
Prazos importantes: Pedido de vista poderia atrasar julgamento para fevereiro, em plena recesso do tribunal.
Ministros desejam concluir o julgamento ainda este ano para minimizar impacto nas eleições. Se necessário, o STF poderá convocar novas sessões em setembro.
Réus do núcleo crucial:
- Jair Bolsonaro
- Walter Braga Netto
- Augusto Heleno
- Paulo Sérgio Nogueira
- Almir Garnier
- Mauro Cid
- Alexandre Ramagem
- Anderson Torres
Acusações: Tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, organização criminosa armada, e outros crimes que podem levar a até 43 anos de prisão para Bolsonaro.
Defesa de Bolsonaro: Chama a denúncia de “absurda” e pede absolvição. Argumenta falta de provas e sugere perseguição midiática.
Fase de instrução concluída: Últimos argumentos foram enviados pelos réus, que alegam questões processuais e falta de provas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.