STF conclui julgamento que manteve Dino, Moraes e Zanin no julgamento de Bolsonaro; apenas Mendonça votou contra

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento relacionado à tentativa de golpe de 2022.

A única divergência foi de André Mendonça, que se opôs ao afastamento de Moraes e Dino. A decisão sobre Zanin foi unânime.

Os pedidos de afastamento foram apresentados pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-ministro Walter Braga Netto e do general da reserva Mario Fernandes, denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

As defesas alegaram que Dino e Zanin haviam atuado contra Bolsonaro antes de suas nomeações e que Moraes não poderia ser considerado imparcial por ser uma das vítimas dos planos golpistas.

Mendonça concordou quanto a Dino, mas fez uma distinção em relação a Zanin, ressaltando que sua atuação como advogado de Lula o tornava neutro. Mendonça também afirmou que Moraes, sendo alvo de ações clandestinas, afetava sua imparcialidade.

O julgamento no plenário virtual do STF se encerrará na quinta-feira. O procurador-geral, Paulo Gonet, se manifestou contra os afastamentos. A tese prevalecente foi apresentada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que disse que alegações genéricas não justificam a suspeição.

Na próxima terça e quarta-feira, a Primeira Turma do STF deliberará sobre a denúncia contra os principais envolvidos na trama golpista, com segurança intensificada no local.

Esse julgamento é crucial para a responsabilização de Bolsonaro e aliados por crimes relacionados à tentativa de desestabilização do Estado democrático de Direito.

A PGR identificou o núcleo central da trama, incluindo figuras como Bolsonaro, Braga Netto, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid e Paulo Sérgio Nogueira.

Publicado por Sarah Paula
Reportagem produzida com auxílio de IA