STF espera mais ‘ataques’ dos EUA e do Congresso às vésperas do julgamento do golpe; veja bastidores
Ministros do STF preveem intensificação de ataques enquanto se aproxima julgamento de Jair Bolsonaro. A articulação entre Estados Unidos e aliados do ex-presidente busca evitar consequências jurídicas da tentativa de golpe.
Investidas dos EUA e Congresso contra o STF provocam reação interna.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) esperam intensificação das pressões nos próximos meses, especialmente durante o julgamento da ação penal contra Jair Bolsonaro e oito outros suspeitos de tentarem um golpe de Estado.
Essas frentes visam evitar condenações. O governo de Donald Trump tem sido instigado a defender Bolsonaro, enquanto aliados do ex-presidente tentam implementar uma anistia aos acusados.
Os EUA utilizam tanto declarações quanto ações judiciais. Na terça-feira, Trump afirmou que Bolsonaro era vítima de perseguição. Um processo contra Alexandre de Moraes em tribunal da Flórida avança, acusando-o de censura ilegal.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, alertou sobre restrições a funcionários envolvidos na censura de americanos, visando Moraes. Ministros do STF percebem a ofensiva dos EUA como um ataque institucional que deve ser gerenciado pela diplomacia brasileira.
Os ataques aumentaram em março com a residência de Eduardo Bolsonaro nos EUA, levando ao inquérito contra ele por tentar pressionar o tribunal diante do julgamento de seu pai.
No Congresso, a principal estratégia é a aprovação de uma anistia para os condenados pela tentativa de golpe, o que deslegitimaria as decisões do STF. Além disso, um pacote anti-STF pode reativar propostas que permitiriam ao Congresso suspender decisões do tribunal.
- Impeachment de ministros do STF por alegações de invasão de competências.
- Possibilidade de instalação de uma CPI do Judiciário.
Moraes, por sua vez, minimiza os ataques e prevê que o julgamento do primeiro núcleo da trama golpista ocorrerá entre o fim de agosto e o início de setembro.