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STF inicia nova fase do julgamento da trama golpista: 82 testemunhas serão ouvidas

STF ouve testemunhas de acusação na investigação sobre tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro e aliados. A fase atual do julgamento deve se estender até junho, com depoimentos de importantes figuras militares e políticas.

Supremo Tribunal Federal (STF) inicia hoje (19) fase de julgamento da ação penal sobre suposta trama golpista após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

Esta fase envolve a oitiva de 82 testemunhas, indicadas pela defesa e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com depoimentos programados até o início de junho.

Na primeira semana, depoimentos de testemunhas da PGR, ligadas ao “núcleo crucial” do golpe, que inclui militares e autoridades próximas ao ex-presidente, serão iniciados.

Entre os convocados estão:

  • Marco Antônio Freire Gomes (Exército)
  • Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica)

Ambos confirmaram que Bolsonaro apresentou a minuta do plano golpista.

As primeiras testemunhas da acusação são:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino - produtor de desinformação sobre urnas eletrônicas
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira - acusado de mapear movimentação de eleitores
  • Adiel Pereira Alcântara - investigado por dificultar transporte de eleitores

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi dispensado de depoimento, mas é testemunha do ex-ministro Anderson Torres.

Na quinta-feira (22), será a vez das testemunhas de Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro) e em 23 de maio, as testemunhas de Alexandre Ramagem e do general Braga Netto.

De 30 de maio a 2 de junho, será a oitiva de testemunhas de defesa de Bolsonaro, incluindo importantes nomes como:

  • Tarcísio de Freitas (governador de SP)
  • Gilson Machado (ex-ministro do Turismo)
  • Rogério Marinho (senador)
  • Eduardo Pazuello (deputado)

A denúncia da PGR, apresentada em 26 de março, acusa Bolsonaro e mais 33 envolvidos de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

O grupo estava coordenado para impedir o cumprimento do resultado das eleições e utilizou as Forças Armadas para apoiar o plano golpista.

O julgamento avança com expectativa de novos depoimentos e revelações que podem impactar o desfecho do caso.

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