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STF já tem data para julgar Zambelli e Delgatti por invasão ao sistema do CNJ

Supremo Tribunal Federal julgará ação penal contra deputada e hacker por invasão ao CNJ. A dupla é acusada de inserir documentos falsos no sistema, incluindo um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.

STF marca julgamento de Carla Zambelli e Walter Delgatti

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o julgamento da ação penal contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto ocorrerá em 9 de maio.

Os réus são acusados de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificação de documentos. A análise será realizada de forma virtual até 16 de maio.

A denúncia, aceita por unanimidade em maio do ano passado, alega que Zambelli e Delgatti inseriram um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes no sistema do CNJ, assim como um alvará de soltura falso em favor do líder do Comando Vermelho.

Os crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica acarretam penas de 1 a 4 anos e 1 a 5 anos, respectivamente, além de multas.

A Primeira Turma é composta por cinco ministros: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Moraes.

Durante a aceitação da denúncia, Moraes fez referência a uma postagem de Zambelli, onde ela se mostrava ao lado de Delgatti, confirmando sua associação com o hacker. A chamada da situação gerou ironias entre os ministros, com Cármen Lúcia mencionando a “desinteligência natural” e Moraes chamando a ação de “burrice”.

Além disso, a denúncia destaca que a invasão poderia ter permitido a libertação de Sandro Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, com um alvará falso.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Delgatti atuou sob a liderança de Zambelli. Ele é conhecido por ter invadido celulares de procuradores da Lava-Jato, revelando diálogos na operação conhecida como “Vaza Jato”.

Em 4 de janeiro de 2023, o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) foi invadido, resultando na inserção do mandado falso contra Moraes. O PGR também constatou a presença de quatro documentos falsos nos celulares de Zambelli.

Até o fechamento desta notícia, os advogados de Zambelli e Delgatti não responderam ao contato do Valor.

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