STF julga envolvimento de Bolsonaro em suposta tentativa de golpe; entenda julgamento

Início do Julgamento de Jair Bolsonaro

A partir de terça-feira (25), será julgado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por possíveis crimes, incluindo abolition violenta do Estado Democrático de Direito e t tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro é um dos 34 denunciados, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) dividiu a acusação em cinco núcleos. Este julgamento é o primeiro analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A acusação, baseada em um relatório da Polícia Federal, alega que Bolsonaro foi o líder de um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. O plano, segundo o inquérito, falhou devido à falta de apoio dos comandantes do Exército e da Aeronáutica.

Um ponto focal da denúncia é a reunião de 7 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada, onde se discutiu a minuta de um golpe. Um dos comandantes se ofereceu para executá-lo, enquanto os outros se recusaram a apoiar.

A denúncia ainda revela que Bolsonaro sugeriu mudanças no plano, que envolviam até assassinatos de Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Quatro militares e um policial federal foram presos por suspeita de envolvimento na ação conhecida como “Punhal Verde e Amarelo”.

A PGR alega que Bolsonaro e aliados usaram desinformação para criar um cenário favorável à intervenção militar, incluindo discussões sobre a segurança das urnas eletrônicas.

A violência de 8 de janeiro é destacada como uma tentativa final do grupo para impedir a posse de Lula, resultando em danos superiores a R$ 20 milhões.

A PGR propõe também que, embora Bolsonaro não tenha participado dos ataques, sua omissão foi crítica para os eventos daquele dia. A acusação de deterioração de patrimônio tombado também está incluída.

Bolsonaro nega envolvimento em qualquer plano golpista e considera a investigação uma “perseguição política”.

Agora, cabe ao STF decidir se aceita a acusação e transforma Bolsonaro em réu. A expectativa é que uma sentença seja proferida até 2025 para evitar interferência nas eleições de 2026. Se os réus recorrerem, o processo pode se prolongar.