STF nega habeas corpus de Augusto Melo
Flávio Dino mantém Augusto Melo como réu em caso de corrupção envolvendo o Corinthians. O presidente afastado nega as acusações e afirma ser vítima de um processo ilegal.
Ministro Flávio Dino, do STF, rejeitou pedido de habeas corpus de Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, mantendo-o réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. O caso investiga irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet.
A defesa alegou que a denúncia do Ministério Público se baseou em provas ilícitas, como relatórios do Coaf obtidos sem autorização judicial. Dino afirmou que não há ilegalidade e que o processo seguirá em instâncias inferiores.
Melo foi afastado do cargo no fim de maio. Os sócios do clube decidirão neste sábado (9.ago) se ele será destituído. A denúncia também inclui ex-dirigentes e um empresário ligado ao contrato, que teria recebido R$ 1,4 milhão.
Investigações revelam que o dinheiro passou por empresas de fachada antes de chegar à UJ Football, relacionada a Ulisses Jorge, citado em conexão com um empresário assassinado e o PCC. O MP afirma que mais de R$ 1 milhão foi lavado através de empresas “fantasmas”.
A promotoria pede bloqueio de bens dos envolvidos e indenização de R$ 40 milhões ao Corinthians. O contrato com a VaideBet, estimado em R$ 370 milhões, foi rompido em junho de 2024 por cláusula anticorrupção.
Nota de Augusto Melo: Ele afirma que todas as acusações são falsas e que é vítima de um processo ilegal. Ele critica acessos de dados do Coaf sem autorização e pede que a PF e o MPF se envolvam no caso.
Melo declara que não deve e nada teme, e solicita o fim do sigilo para acesso à documentação pela torcida. Ele reitera seu compromisso com a recuperação financeira do clube, que enfrentou retrocessos sob a gestão de adversários.