STF passa por varredura antibomba na véspera do julgamento de Bolsonaro
Segurança do STF é reforçada para o julgamento de Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado. Varredura antibomba e rígidas medidas de acesso visam garantir a integridade do evento.
Julgamento de Jair Bolsonaro e Aliados
O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira uma varredura antibomba no plenário da Primeira Turma, onde será analisada a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados.
O procedimento, executado pela Polícia Judicial, ocorre em um prédio de cinco andares que abriga as turmas do STF. O nível de segurança foi elevado com mais aparelhos de raio-x e uma inspeção rigorosa na entrada do edifício.
Aqueles que acessarem o STF entre terça e quarta-feira enfrentarão uma dupla barreira de entrada. Além disso, mais cadeiras foram disponibilizadas para a imprensa, que contará com uma tenda para acomodar jornalistas não credenciados.
Sobre a Denúncia
A Primeira Turma decide, nesta terça-feira, se recebe a denúncia da PGR contra Bolsonaro e ex-ministros, como Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na denúncia, apresentada em 18 de março, o procurador-geral Paulo Gonet afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que tentou um golpe, destacando que a responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre essa organização.
Gonet ressalta que a suposta organização estava "enraizada na própria estrutura do Estado" e tinha "forte influência de setores militares".