STF proclama rejeição das preliminares das defesas do núcleo 4 da tentativa de golpe
STF rejeita preliminares em caso de golpe de Estado e mantém análise sobre desinformação eleitoral. Ministros divergiram sobre a competência da Primeira Turma, mas reafirmaram o respeito mútuo no colegiado.
STF rejeita preliminares de defesa no caso do golpe de Estado
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, nesta terça-feira, todas as preliminares das defesas dos acusados do “núcleo quatro”.
Esse grupo é acusado de organizar estratégias de desinformação sobre o processo eleitoral e contra instituições, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Preliminares incluem questionamentos de competência do STF e a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Também foi solicitado o afastamento do ministro Alexandre de Moraes.
Moraes votou contra as preliminares, acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux divergiu sobre a competência do julgamento, acreditando que deveria ser no plenário.
Fux ressaltou que sua divergência não é um contraponto a Moraes, mas uma questão de competência. Segundo ele, a amizade permanece apesar das diferenças.
Os ministros brincaram sobre supostos conflitos. Moraes ironizou alegações de desavenças. Fux concluiu que continua defendendo suas posições segundo o direito penal.
Integrantes do núcleo quatro:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Ângelo Martins Denicoli
- Carlos César Moretzsohn Rocha
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Guilherme Marques de Almeida
- Marcelo Araújo Bormevet
- Reginaldo Vieira de Abreu
Acusados de cinco crimes: associação criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O grupo teria atuado como uma “central de contrainteligência”, utilizando recursos da Abin para produzir e disseminar desinformação contra adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro.