HOME FEEDBACK

STF proíbe gravação de audiências de testemunhas no caso Bolsonaro

Jornalistas estarão proibidos de gravar as audiências do processo contra Jair Bolsonaro, que inicia no próximo dia 19 de maio. A medida visa garantir a incomunicabilidade entre os depoimentos das testemunhas convocadas.

STF proíbe gravações de audiências no processo contra Jair Bolsonaro

Na 4ª feira (14.mai.2025), o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que jornalistas não poderão gravar áudios ou vídeos das audiências de testemunhas no caso que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado.

A decisão fundamenta-se no artigo 210 do Código de Processo Penal, que visa garantir a incomunicabilidade dos depoimentos e evitar influências externas. O STF afirmou: “Será proibido gravar e reproduzir qualquer áudio ou imagem…”

As oitivas começam na 2ª feira (19.mai) e ocorrerão por videoconferência. Embora a imprensa possa acompanhar as audiências através de um telão, gravações não serão permitidas.

  • 82 testemunhas testemunharão, incluindo ex-comandantes das Forças Armadas e governadores.
  • As gravações poderão ser liberadas apenas após o término das audiências, em 2 de junho.

A Constituição garante a publicidade dos atos processuais, mas a proibição do STF levantou questões sobre a restrição da liberdade de imprensa. A Abraji criticou a medida e pediu reconsideração, afirmando que compromete o direito à informação.

O STF não se manifestou sobre os questionamentos da Abraji. A decisão ressalta a importância de acompanhar processos de interesse público, mesmo que não estejam sob segredo de justiça.

Historicamente, durante a ditadura militar (1964–1985), também houve restrições similares em audiências do STM, com gravações internas somente liberadas após décadas.

Leia mais em poder360