STF revê decisão anterior e libera celulares em julgamento de denúncia do 'núcleo 4' da trama golpista
STF reverte decisão anterior e permite uso de celulares durante julgamento do "núcleo 4". Medida foi tomada após críticas à proibição imposta em audiência anterior.
Supremo Tribunal Federal (STF) libera o uso de celulares durante o julgamento do "núcleo 4" por tentativa de golpe de Estado, nesta terça-feira (6).
Anteriormente, na análise do "núcleo 2", em 22 de abril, a Corte havia lacrado os aparelhos de advogados e jornalistas, gerando críticas e um pedido de revisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Celulares foram mantidos em sacos plásticos, mas retidos pelos donos. A decisão deste julgamento leva em consideração o tumulto causado por Sebastião Coelho, advogado que defendia Filipe Martins, em situações anteriores.
No passado, Coelho tentou participar de um julgamento sem credenciamento e acabou preso por desacato. O uso restrito de celulares visava evitar novos incidentes, já que havia preocupações de que ele pudesse filmar e publicar conteúdos nas redes sociais.
Após Martins se tornar réu, Coelho se afastou da defesa, alegando problemas de saúde e se referindo a uma "guerra" contra o STF.
A análise do "núcleo 4" envolve acusações de responsabilidade por estratégias de desinformação em relação ao processo eleitoral. Esse é o terceiro julgamento sobre a trama golpista, que já conta com outros 13 réus, incluindo Jair Bolsonaro.