Sua majestade, o WhatsApp

A relação com a tecnologia na era da informação causa um sentimento de solidão e dependência.

Há algumas décadas, motoristas utilizavam guias impressos para navegar pelas cidades. Hoje, dependemos de aplicativos de localização, como Google Maps, que eliminam a necessidade de conhecimento prévio sobre rotas.

Surpreendentemente, a desconexão do WhatsApp provoca uma sensação de que o mundo acaba. A comunicação humana tornou-se tão centralizada no aplicativo que até ligar para alguém é visto como um ato de amor.

Negócios, reuniões e interações diárias são, na maioria, estabelecidos pelo WhatsApp, que se tornou a ferramenta de conexão universal.

Um bloqueio no aplicativo gera uma sensação de cegueira devastadora, evidenciando a falta de alternativas viáveis para comunicação. O monopólio do WhatsApp resulta em dependência extrema e limita nosso convívio social.

Alternativas como SMS ou outras redes sociais não funcionam, pois os usuários não estão disponíveis nessas plataformas. O bloqueio cria um sensação de ostracismo e invisibilidade, fazendo-nos sentir insignificantes.

Essa situação levanta perguntas sobre a abuso de poder do aplicativo, que impõe uma pena restrictiva de direitos sem julgamento prévio.