‘Subsídios e ‘jabutis’ ofuscam debates sobre transição energética
Especialistas destacam que a manutenção de subsídios e o uso de "jabutis" travam a transição energética no Brasil. Durante evento no Rio, discutiu-se a necessidade de um planejamento eficiente para uma economia de baixo carbono.
Manutenção de subsídios e uso de “jabutis” em projetos de lei no setor de energia indicam planejamento ineficiente, segundo especialistas. Isso atrapalha a transição energética e a economia de baixo carbono.
Esses problemas foram discutidos no evento “Transição energética e o mercado de carbono”, em 18 de outubro, no Rio, promovido por Valor, “O Globo” e rádio CBN.
Os especialistas ressaltaram que o Brasil pode liderar a transição energética, mas enfrenta desafios na implementação. Ricardo Baitelo, do Iema, destacou que o país está na “pole position” da transição.
Elbia Gannoum, da Abeeólica, defendeu o fim dos subsídios no setor. Para ela, o planejamento falho encarece os custos ao consumidor. Já Bárbara Rubim, da Absolar, pediu debate sobre a política de subsídios antes de discutir sua retirada.
O evento também abordou a regulamentação do mercado de carbono, com previsão de entrega do plano detalhado pelo Ministério da Fazenda em julho. Cristina Reis afirmou que o plano trará mais informações e expectativas de investimento.
Representantes do setor privado mostraram disposição para colaborar com a descarbonização. Mariana Barbosa, da Re.green, destacou que o mercado de carbono pode fomentar ações como plantio de florestas.
Gustavo Pinto, do Climate Policy Initiative, alertou que as mudanças climáticas estão impactando a geração das hidrelétricas, com um impacto financeiro de R$ 1,1 bilhão nas usinas de Itaipu e Belo Monte devido ao desmatamento.
Executivos de empresas como Vibra Energia e Vale compartilharam suas esforços para a redução de emissões e descarbonização.
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