Sudeste Asiático corre para aumentar importações dos EUA antes do fim da pausa de tarifas
Países do Sudeste Asiático buscam reduzir tarifas comerciais com os EUA. Vietnã e Indonésia lideram esforços de negociações, enquanto outras nações enfrentam desafios.
Países do Sudeste Asiático buscam agradar Donald Trump antes do término de uma pausa tarifária de 90 dias, que expira na próxima quarta-feira.
Apenas o Vietnã fechou um acordo, após uma ligação entre Trump e o secretário-geral do Partido Comunista Vietnamita. A Indonésia também obteve resultados promissores após conversa com Trump.
Trump anunciou um aumento nas tarifas de importação, sendo 20% para o Vietnã e 40% para produtos transbordados. Embora inferior à tarifa original de 46%, isso é um reflexo do déficit comercial dos EUA. O Vietnã já recebeu reduções de tarifas em produtos norte-americanos e facilitou a entrada da SpaceX.
A Indonésia está implementando um pacote de desregulamentação em resposta a uma proposta feita após a ligação com Trump, que inclui flexibilização de barreiras comerciais. O país planeja assinar um acordo de US$ 34 bilhões para aumentar as importações dos EUA.
A Malásia também se comprometeu a aumentar a importação de gás e soja, visando eliminar barreiras comerciais. Cingapura busca concessões nas exportações farmacêuticas e clama por isenção devido ao seu déficit comercial.
A Tailândia, enfrentando tarifas de 36%, se comprometeu a aumentar importações de GNL e considera comprar mais soja.
As Filipinas mantêm comunicação constante com os EUA, apesar de uma tarifa de 17%.
Analistas afirmam que o acordo do Vietnã pode dificultar concessões para outros países da ASEAN, levando as negociações a serem mais complexas.