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Suécia muda igreja de lugar para salvar construção de afundamento por mineração; veja vídeo

Transferência da Igreja de Kiruna marca um novo capítulo na história da cidade, ameaçada pela expansão da mineração. Enquanto a comunidade celebra a proteção de seu patrimônio, as vozes críticas da população Sami lembram os impactos da mineração em suas terras ancestrais.

Igreja de Kiruna, na Suécia, iniciou hoje (19) uma viagem de dois dias para um novo local, a 5 km de seu ponto original. A mudança é necessária para salvar o templo do afundamento do solo, causado pela expansão da maior mina subterrânea de minério de ferro do mundo.

A igreja luterana de 672 toneladas e 113 anos foi erguida por trabalhadores e colocada em um reboque especial. Essa ação faz parte de um projeto de 30 anos para relocação de milhares de pessoas e edifícios na cidade de 18 mil habitantes.

A estatal sueca LKAB preparou uma estrada para o transporte, realizando a viagem a uma velocidade de meio quilômetro por hora. Diversas pessoas acompanharam a operação, que foi abençoada por autoridades religiosas e transmitida ao vivo na televisão sueca.

O comboio enfrentou desafios, principalmente em seu início, devido às curvas e inclinações necessárias. O prefeito Mats Taaveniku afirmou que a igreja simboliza a transformação da cidade, com 10 anos restantes para mover o resto da área.

A comunidade local Sami expressou preocupações sobre a mudança, que representa os impactos da mineração em suas terras tradicionais. A LKAB indicou que cerca de 3.000 casas e 6.000 pessoas precisam se mudar, enquanto novos prédios estão sendo construídos no novo centro da cidade.

A LKAB, que extrai 80% do minério de ferro na Europa, pretende continuar a exploração da mina em Kiruna por décadas, com estimativas de 6 bilhões de toneladas ainda disponíveis. Além disso, foram identificados depósitos de terras raras, essenciais para inovações tecnológicas e metas climáticas na Europa.

No entanto, a expansão pode impactar significativamente as pastagens das renas, levantando preocupações sobre a subsistência da comunidade Sami. Lars-Marcus Kuhmunen, presidente da comunidade, destacou os efeitos negativos da mineração no modo de vida tradicional.

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