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Suíça se antecipa a tarifas de Trump e exporta US$ 3 bilhões em relógios de luxo

As remessas de relógios suíços para os EUA dispararam devido ao temor de tarifas mais altas, enquanto as exportações para outros mercados apresentaram queda. O setor enfrenta um cenário misto com desafios nos mercados asiáticos e uma tendência de desgaste nas vendas de luxo.

Exportações de relógios suíços aumentam quase 20% em abril, com remessas para os EUA mais que dobrando antes das tarifas ameaçadas por Donald Trump.

Total de remessas atingiu 2,5 bilhões de francos suíços (US$ 3 bilhões), segundo a Federação da Indústria Relojoeira Suíça. As exportações para os EUA, maior mercado individual, cresceram 149%.

Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, destaca que este aumento é resultado de remessas antecipadas devido ao anúncio das tarifas dos EUA. Relógios de metais preciosos e materiais bimetálicos foram os mais impactados.

Exportações para o resto do mundo caíram 6,4%, refletindo um início de ano fraco. Bertschy afirma que o aumento nos EUA é uma resposta pontual, não um crescimento estrutural na demanda.

Trump impôs uma taxa de 10% sobre importações da Suíça e ameaçou com uma sobretaxa de 31% se um novo acordo comercial não for alcançado, o que pode impactar o setor de relógios.

Mercados asiáticos enfrentam fraquezas: Cingapura (-9%), China (-30%) e Hong Kong (-23%). Empresas de luxo como Richemont, LVMH e Hermès relataram quedas nas vendas de relógios.

A “fadiga do luxo”, o declínio do “fator de bem-estar” nas compras e a pioras no sentimento do consumidor contribuem para uma previsão menos otimista, segundo Bertschy.

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