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Suíça tem mais vagas em bunkers do que habitantes; entenda o motivo

Suíça investe 220 milhões de francos em modernização de bunkers nucleares, visando aprimorar a resiliência nacional. Medidas incluem reformas estruturais e atualizações tecnológicas para garantir a funcionalidade em situações de emergência.

A Suíça possui a maior rede de bunkers nucleares e abrigos civis do mundo, com cerca de 300 a 400 mil abrigos, suficientes para acomodar toda a população de 8,8 milhões de habitantes.

Este sistema foi implantado durante a Guerra Fria, com legislação de 1963 que obrigou a construção de abrigos em todas as residências, prédios comerciais e públicos.

Cada cidadão tem direito a um lugar seguro — uma “cama de beliche” — em emergências. Os abrigos devem estar a até 30 minutos a pé nas planícies e 60 minutos em regiões montanhosas.

Aproximadamente 40% das residências suíças possuem abrigos internos; o restante utiliza abrigos comunitários. Entretanto, muitos bunkers foram subutilizados e transformados em adegas, galerias de arte e até depósitos de criptomoedas.

O desgaste físico dos abrigos, muitos com mais de 50 anos, levanta preocupações sobre sua funcionalidade.

Em resposta ao novo contexto geopolítico, o governo suíço anunciou em 2023 um investimento de 220 milhões de francos suíços (aproximadamente US$250 milhões) para modernizar a rede de bunkers.

As melhorias incluem inspeções rigorosas, reforço estrutural e atualização de sistemas de filtragem de ar e proteção contra radiação.

Autoridades destacam que essa iniciativa não visa uma preparação para guerra, mas sim fortalecer a resiliência do país diante de crises militares, naturais ou tecnológicas.

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