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Sul-africano branco defende ida aos EUA como refugiado: 'Não estou aqui por diversão'

Charl Kleinhaus, um agricultor sul-africano branco, busca refúgio nos EUA após receber ameaças de morte e enfrentar dificuldades em sua terra natal. A transferência de africanos para os Estados Unidos sob a administração Trump gera polêmica e levanta questões sobre as condições de refúgio e desigualdade racial na África do Sul.

Charl Kleinhaus, 46 anos, deixou sua fazenda na África do Sul e se mudou para os Estados Unidos sob a política de Donald Trump, que visa proteger sul-africanos brancos da alegada discriminação.

O grupo de Kleinhaus chegou ao aeroporto de Dulles, em Washington DC, em 13 de maio, após a aceleração dos processos de asilo. Ele afirma ter recebido ameaças de morte via WhatsApp, o que justificou sua saída. "Não vim para cá por diversão", diz.

Trump e Elon Musk têm defendido que fazendeiros brancos na África do Sul enfrentam um “genocídio”, uma alegação contestada. Em fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva para conceder status de refugiado aos afrikaners, incluindo Kleinhaus, que expressou gratidão ao presidente.

Os afrikaners governavam a África do Sul durante o apartheid, e atualmente, as tensões sobre a redistribuição de terras são altas. Cyril Ramaphosa, presidente sul-africano, chamou os que se mudaram para os EUA de “covardes”.

Kleinhaus reconhece o sofrimento dos sul-africanos negros, mas ressalta que não é responsável pelo apartheid. Ele destaca o medo pela expropriação de terras devido a uma nova lei que permite confisco sem indenização.

Questionamentos surgem sobre o processo de triagem dos refugiados, pois a ONU não participou da seleção dos afrikaners. O DHS investiga conteúdo nas redes sociais visando antissemitismo.

Kleinhaus enfrenta críticas por postagens antissemitas passadas, mas nega que representem suas crenças atuais. Ele conclui: "Viemos para cá para dar uma contribuição ao país." Além disso, expressa esperança de que sua mudança seja parte de um plano divino.

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