Sul-africanos brancos chegam aos EUA como refugiados após ordem de Trump
A chegada dos afrikaners aos EUA levanta críticas sobre a seleção de refugiados em um momento de incerteza. Enquanto isso, outros grupos, como afegãos, enfrentam a iminente deportação após o cancelamento de suas proteções legais.
Grupo de sul-africanos brancos chega aos EUA como refugiados
Um grupo de sul-africanos brancos, conhecidos como afrikaners, recebeu status de refugiados pelo governo Trump e desembarcou nos Estados Unidos nesta terça-feira (13).
A questão gerou polêmica, especialmente pela dificuldade enfrentada por outros refugiados para obter abrigo no país.
Trump declarou que os afrikaners são vítimas de “genocídio” na África do Sul, enquanto a comunidade relata sofrer “perseguição racial” em seu país natal.
Os arrivados, descendentes de ex-colonos europeus, foram recebidos no aeroporto internacional de Dulles por autoridades dos EUA, incluindo o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, e o vice-secretário de Segurança Interna, Troy Edgar.
Estimativas de mídia internacional indicam que o primeiro contingente é composto por 50 a 60 pessoas.
Na mesma data, o governo Trump encerrou as proteções legais que impediam a deportação de afegãos, referindo-se à melhora na segurança do Afeganistão.
Landau comentou que um dos fatores para o reassentamento dos afrikaners, e não afegãos, foi que “eles poderiam ser facilmente assimilados em nosso país”.
Trump suspendeu o programa de reassentamento de refugiados em janeiro, deixando mais de 100 mil pessoas em espera e, em fevereiro, assinou uma ordem para conceder status de refugiado aos africâneres, que tiveram líderes durante o apartheid na África do Sul.