Summit Brasil-USA: Restrições regulatórias são proibitivas ao avanço de modelos de IA no Brasil, diz AWS
Executivo da AWS defende uma regulamentação menos restritiva para inteligência artificial no Brasil, alertando sobre os riscos de limitações excessivas. Segundo Shannon Kellogg, é crucial que a legislação favoreça o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem para evitar atrasos no investimento em infraestrutura.
Vice-presidente da AWS, Shannon Kellogg, defendeu que a proposta de regulamentação de inteligência artificial (IA) no Brasil deve ser menos restrita, especialmente em tópicos de direitos autorais, durante o evento “Summit Brazil-USA” em Nova York.
Kellogg alertou que a lógica regulatória atual pode atrasar o crescimento de empresas americanas no Brasil. Ele mencionou o Projeto de Lei 2338/23, que será discutido na Câmara dos Deputados, afirmando que as restrições da legislação brasileira superam as aplicadas pela União Europeia, tornando o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLMs) inviáveis.
Ele reforçou a urgência de desenvolver LLMs no Brasil para evitar atrasos em investimentos em data centers. A AWS já investe no Brasil desde 2011 e, em setembro, anunciou um investimento de R$ 10,1 bilhões até 2034 para expandir suas operações.
Kellogg também elogiou as políticas do Brasil e dos EUA para atrair investimentos em infraestrutura computacional, destacando a busca por fontes de energia renovável e nuclear.
No painel, participaram CEOs de empresas como Amcham, Gerdau, Cosan e JBS, ressaltando a importância da colaboração entre as nações.