'Superquarta' deve mostrar Fed parado, enquanto decisão do Copom é incógnita
Fed e Banco Central do Brasil se preparam para decisões crucial sobre juros. Expectativas divergem no Brasil, enquanto nos EUA o Fed sinaliza manutenção das taxas mesmo diante de pressões externas.
Reuniões monetárias em destaque nesta quarta-feira: EUA e Brasil definem taxas de juros.
No Federal Reserve (Fed), expectativa é que os Fed funds permaneçam entre 4,25% e 4,50% pela quarta vez. A decisão acompanha a avaliação dos impactos das tarifas comerciais na economia.
A economia americana apresenta um cenário peculiar: enquanto as expectativas (“soft data”) mostram fraqueza, a atividade real (“hard data”) permanece resiliente. Inflação ainda abaixo do esperado, mas expectativas dos consumidores aumentam.
A Casa Branca pressiona o Fed, com críticas do presidente Donald Trump, incluindo pedidos de cortes na taxa de juros.
Além disso, o gráfico de pontos do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) será divulgado, oferecendo previsões sobre PIB, inflação e juros, após a introdução das tarifas tarifárias.
Expectativas do Goldman Sachs: inflação em 3%, PIB em 1,5% e desemprego em 4,5%.
Banco Central do Brasil enfrenta dilema sobre a Selic: manter em 14,75% ou aumentar para 15%.
- 62% das instituições financeiras acreditam na manutenção dos juros.
- 38% esperam aumento de 0,25% ponto percentual.
A manutenção é defendida pela percepção de que os efeitos do ciclo de aperto já estão se manifestando. No entanto, o Copom pode sinalizar possibilidade de novos aumentos, dada a inflação acima da meta e novos dados do mercado de trabalho.
O recado que o Banco Central dará sobre o futuro da Selic será crucial, especialmente com revisões no ambiente externo e novas tarifas.