Suposto esquema de corrupção com remédios derruba aliado de Milei
Governo enfrenta crise após demissão de oficial ligado a escândalo de subornos na Andis. Investigações policiais em curso buscam esclarecer o envolvimento de autoridades e empresas na situação.
Governo de Javier Milei enfrenta escândalo de corrupção.
A Casa Rosada demitiu Diego Spagnuolo, ex-diretor da Andis, após a divulgação de gravações de supostos pedidos de suborno envolvendo a agência. Os áudios mencionam Karina Milei, irmã do presidente, e o articulador Eduardo "Lule" Menem.
Os primeiros áudios foram publicados pelo site Data Clave e canal Carnaval em 20 de setembro. Nele, Spagnuolo fala sobre propinas de laboratórios que fornecem medicamentos à Andis, citando a drogaria Suízo Argentina.
Spagnuolo, próximo a Milei e advogado desde a fundação do partido A Liberdade Avança, afirmou ter alertado o presidente sobre a corrupção. O diretor nacional de Acesso aos Serviços de Saúde, Daniel Garbellini, também foi demitido.
Apesar da gravidade das acusações, Milei não comentou o escândalo em evento recente. A demissão de Spagnuolo foi formalizada no Diário Oficial e justificada como uma medida preventiva.
Na manhã de 22 de setembro, a polícia de Buenos Aires realizou 14 operações, incluindo buscas nas sedes da Andis e da Suízo Argentina, onde apreendeu documentos e computadores. Em uma das residências, foram encontrados US$ 200 mil em espécie.
A operação busca coletar provas para investigações de suborno e administracão fraudulenta, após denúncia do advogado Gregorio Dalbón. Justiça determinou sigilo no caso.
Karina Milei já foi implicada em outros escândalos, como o caso $Libra, sem acusações formais, mas ligada a irregularidades.