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Suprema Corte dos EUA mantém bloqueio a deportação de migrantes com base em lei do século 18

Suprema Corte dos EUA impede deportações em massa de venezuelanos, reafirmando a importância do devido processo legal. Donald Trump critica a decisão como um obstáculo à sua política migratória e promessas de campanha.

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu em 16 de junho manter o bloqueio às deportações em massa de migrantes venezuelanos, como ordenado por Donald Trump.

O republicano criticou a decisão, alegando que impede o cumprimento de suas promessas eleitorais.

As deportações, baseadas em uma lei de 1798, geraram controvérsias entre juristas e defensores dos direitos humanos.

A decisão da Suprema Corte refutou a remoção sem processo legal adequado e atendeu a um pedido da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU).

No dia 19 de abril, a corte já havia suspendido temporariamente a expulsão de migrantes detidos no Texas, respondendo a um pedido da ACLU sobre deportações iminentes.

A corte argumentou que notificar os migrantes com apenas 24 horas de antecedência e sem informações sobre seus direitos legais era inaceitável.

Trump, por sua vez, atacou a decisão nas redes sociais, afirmando que favorece criminosos e prejudica a segurança nacional.

Os juízes Samuel Alito e Clarence Thomas expressaram desacordo, enquanto a corte reafirmou que deportações baseadas em outras leis ainda são permitidas.

Trump havia invocado a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para prender supostos integrantes da gangue Tren de Aragua, mas advogados argumentam que seus clientes não são criminosos.

Historicamente, a lei foi utilizada apenas durante grandes guerras, o que levanta questões sobre sua aplicação atual.

Esta não é a primeira decisão contrária ao governo de Trump; em abril, a corte ordenou o retorno de um imigrante deportado.

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